segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Post #193

Agosto tá acabando e, ah, eu sou o mesmo.
Tô fazendo esse post só para encher o saco mesmo, pois, deveria estar estudando agora.




"Eu já não sei se sei de nada ou quase nada".

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Post #192

Contente-se aí.
E perguntas não faças.
Enquanto eu aqui.
Vivo sob ameaças.

Crises de humor.
E palavras a repitir.
Tais como o amor.
Sentimento a esculpir.

Faço-me alguém vil.
Cego por um cabresto.
A vida está por um fio.
Nos males do aresto.

Perdido estou em pavor.
Pago o preço de ser mole.
E agora de minha dor.
Ofereço-lhe um gole.

Beba, mortal, beba!
Sinta o gosto de meu fracasso.
Toda a vergonha - receba!
Da vida fria feito aço.

Não se deixe enganar.
Por meu sorriso amarelado.
Pois eu não sei amar.
E, ao mesmo tempo, ser amado.

Post #191 (#152 Pt. XX)

- Bárbara, você pode por favor me explicar o que é isso?
- Glenn...
- Vamos, diga-me! Por que esse Artur está te mandando essas coisas?
Há quanto tempo isso vem acontecendo?
- Glenn, por que está fazendo isso?
- Responda! - raiva e lágrimas no rosto - O que tem isso?
- Glenn, querido, calma! Você está vermelho. Tudo isso é raiva?
- Não, Bárbara. Tudo isso é indignação! Eu só queria saber o porquê desse
bilhetinho que esse sujeitinho te mandou. Você tem mais desses?
- Pare de ser assim! Ele é só meu amigo, você sabe disso, poxa!
Não me venha com essa crise de ciúmes!
- "Querida Bárbara, adorei te encontrar novamente, podemos nos ver outro dia sem seu namorado por perto? Um beijo de seu grande amigo."
- Isso não me engana. Desculpa, Bárbara, mas acho melhor você sair.
- Como assim sair? Mas e a gente? O que vai acontecer depois?
- Por favor, saia.

Aquela foi, sem dúvidas, a noite mais dura da minha vida. É triste ver como a
felicidade pode nos fazer de capachos e passar por cima de nós com incrível
indelicadeza, fazendo-nos escravos do tempo e de tudo o que possa nos
cercar. Rezei tanto para ter um segundo de paz, que nunca imaginaria
que toda essa alegria fosse virar as costas para mim assim, de repente.

Era sexta-feira. Noite. Fazia bastante frio e chovia. Ninguém nas ruas, nada se via. O silêncio predominava. Um gole seco com sabor angustiante descia por nossas gargantas. O penar do arrependimento me consumia, era maior que o amor que sentiamos um pelo outro. De hora pra outra, tudo acabou. Fingiu-se acabar. Sentia o peso de sua lágrima. Carrega consigo uma profunda dor e um coração despedaçado. Chorava. Soluçava. Acaba de ter o mundo jogado ao chão sem ter, ao menos, chances de salvar o que havia restado de si própria. Sabia eu, que a brincadeira já não tinha mais graça. Quando menos percebi, ajoelhei-me junto a ela e tentei lhe confortar dizendo palavras agradáveis. De nada adiantou. Estraguei mais uma vida sem querer. Minhas mãos desajeitadas, nem de lenço serviram dessa vez. Desesperei-me. Disse coisas terríveis carregadas de arrependimento. Ao vê-la chorar por minha causa, pensei em me matar. Meu orgulho não recuperara corações partidos e nem rostos infelizes. Sentei-me à cama com as mãos sobre o rosto. Joguei-me ao chão desolado, arrependido. Fiquei frio, quase enlouqueci. Tanto drama de nada adiantou. Perdi quem eu amava. Antes de sair, arrumou-se com indiferença. Já não havia motivos para se produzir. A única pessoa para quem via sentido em arrumar-se, acabara de rasgar seus vestidos e cubrir-lhe até o pescoço de palavras cheias de hipocondria. Me esqueceu. Me deixou sozinho ao chão. Antes de sair, sua boca, perdida em lágrimas, disse-me o mais triste que poderia ouvir em uma vida inteira. Me fiz de idiota à rei em segundos, voltando ao posto mais baixo da vida. Disse chorando, que ainda me amava. Que apesar de tudo, ainda me amava. Por conta da minha futilidade perdi, pra sempre, o melhor abraço do mundo. Ainda chovia e ela disse adeus sem olhar para trás. Minha vida acabou ali.

Post #190

Oi.

Como vocês puderam perceber - me sinto estranho escrevendo isso, pois parece que não há realmente quem leia - a minha vida não mudou muita coisa de novo. As coisas que eu escrevo sempre acabam nas garras daqueles clichês nojentos e enjoativos, eu não consigo inovar em nada e ainda me apego fácil. Hoje, agora, 21:04h de uma quinta-feira, estou notando como eu sou patético. Parei para analisar toda a minha situação psicológica e tentar entender porque caralhos eu me sinto desse jeito. Ok, quem ler isso aqui não vai saber do que eu estou falando, mas isso é só uma maneira de eu tentar mostrar como eu me sinto. Eu estou triste de novo e eu não sei o motivo. Isso é o que eu diria para você, leitor, mas no fundo, eu sei o motivo de eu estar triste. Eu sempre soube, eu nunca falei. Por quê? Ah, bicho... É tão delicado tocar nesses assuntos que eu me sentiria (mais) idiota falando para as pessoas.

Durmam bem. Cubram-se.

Post #189

Ainda me dá essa coisa louca.
Enquanto a raiva ainda brota.
O amargo que ascende à boca.
É o puro gosto da derrota.

Dentro do olhos há rancôr.
E dentro deles, perco-me em solidão.
Eu já não sei o que é amor.
Em meu gelado coração.

Em olhar para trás já nem penso.
Ao ver que a linda flor, matei.
Eu já não tenho o bom-senso.
De ajudar quem machuquei.

Esqueci-me do que era bom.
Nem me arrepender eu sei.
Da bela canção perdi o tom.
E sozinho, perdido, chorei.

Agora por aí eu ando.
Sem ninguém ao meu lado.
E por aí andei pensando.
Que eu não soube ser amado.

E a dor o meu nome chama.
Eu sigo só o meu caminho.
Deitado fico na cama.
Enquanto morro sozinho.

domingo, 22 de agosto de 2010

Post #188

Pássaro pequeno da janela.
Por que aqui resolveu pousar?
Deixe-me ouvir o seu cantar?
Ó, doce coisinha amarela.

Fique aqui me alegrando.
Enquanto bebo meu café.
Ó, me alegra em bué.
Por aqui fique voando.

Eu não tenho gaiola alguma.
Embora te quisesse para mim.
Mas, relaxe, eu não sou assim.
Imploro para que não suma.

Ó, pássaro de minha janela.
Compartilhe comigo a dor.
Já não aguento esse pavor.
E medo que tenho dela.

Ai, pássaro de minha janela.
Quero que viva comigo.
Prometo que agora consigo.
Falar um tanto com ela.

Prometo, também, vida feliz.
Ela aqui, junto de você e eu.
Da felicidade seu bico bebeu.
E canta, agora, em meu nariz.

Vivamos com essa tal alegria.
E seu cantar como trilha sonora.
Ó, meu pássaro, não voe embora.
Pois seu cantar nos contagia.

Junto a ela comi e dancei.
Não me esqueço de tais cenas.
Você com essas suas penas.
Me deram coragem. Virei rei.

O apoio foi seu, passarinho.
É forte, porém, pequenininho.
Chegou bem de mansinho.
E ganhou minha simpatia.

E agora, de fininho.
Com seu bico bonitinho.
Formoso e amarelinho.
Voou com minha apatia.

Pássaro amarelo, tão arteiro.
Hoje ao lado tenho uma amiga.
Que me ama e me enche a barriga.
Eu te amo, companheiro.

sábado, 21 de agosto de 2010

Post #187

Quem sabe é nessa troca de olhar.
Que o amor de repente está vindo.
Você me dá um motivo para amar.
Quando se escapa um sorriso lindo.

Eu não consigo nem descrever.
O que realmente sinto agora.
Mas todas as vezes, ao te ver.
Os meus temores vão embora.

Eu não queria assim me apegar.
Por que eu faço isso? - Não sei!
Eu juro, não quero me apaixonar.
Já que com você nunca conversei.

Meu coração por você espera.
Pois é tão linda quanto uma flor.
De mim virá a palavra mais sincera.
Que direi o dia que for.
E quanto a isso não trago mentira.
Pois a você só guardei amor.



É nois, J.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Post #186

Com um humor variável.
E de tristeza contagiante.
Sua solidão era inegável.
E seu estado era oscilante.

Sentia falta da alma.
Vivia sempre tristonho.
Em seu momento de calma.
Vivia sempre num sonho.

Realidade era ausente.
O seu sorriso imaginário.
Sua infelicidade era fluente.
E o seu destino era nefário.

Esqueceu-se de tudo isso.
Quando resolveu se apaixonar.
Vivia, agora, um lance maciço.
Que era lindo feito o mar.

Outro alguém deu sua vida.
Para que ele pudesse viver.
Fechou-se, então, a tal ferida.
Que só o ajudou a crescer.

Quando ele estava contente.
Só sabia ficar calado.
Não precisava falar com gente.
Quando amava sendo amado.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Post #185

Ah, sei lá... Depois que a gente dá um tempo na prática, começa a sair coisa muito pior que antes.

Post #184

Os dias no campo têm sido gelados.
As árvores secam com o vento cortante.
O movimento dos rios hoje - parados.
E a doce tristeza se mostra atuante.

Seus dedos não consegue fechar.
A mão cansada é levada ao vento.
O coração abatido, cansado de amar.
Tornou-se servo do silêncio lento.

O cabelo dança como a música manda.
O corpo então obedece sem pensar.
Continua no mato com o sabor do samba.
E o coração abatido, cansado de amar.

Em tal noite dessas, em que viu seu fim.
Agradeceu ao Divino, às estrelas e à luz!
Do chão, então, tirou o seu velho faim.
Caiu ajoelhado aos pés daquela cruz.

Agora vagas sem rumo noutra dimensão.
Levou consigo lágrimas para chorar.
Por ter vivido somente da ilusão.
Com um coração abatido, cansado de amar.

domingo, 1 de agosto de 2010

Post #182

Ah, pois é. Agosto começou hoje. Isso não é de total relevância, é até bem chato e tal, assim como outras vezes reclamei aqui no blogue dos meses que estão chegando, agosto vai ser mais um mês em que eu não vou poupar lamentos. Talvez eu aprenda bastante coisa. Não se entregar facilmente às coisas já seria de grande adianto para mim. Eu iria adorar isso. :) Minhas ideias ainda não estão de acordo e eu, mais uma vez, fiquei com a cabeça vazia e não consegui mais escrever porra nenhuma. Isso nem importa mesmo, então, tanto faz, não é?

Feliz agosto para quem ler isso.

Post #181

O brilho do sol que me custa aparecer.
Me faz lembrar o quão necessário é um abrigo.
Pensei se sobre você voltaria a escrever.
O bom é que te esqueci, ex-amigo.

Lembro-me de pedir sempre para ir com calma.
Isso era parte de nosso cotidiano antigo.
Viu, só? Enfim encontraste um resto de alma.
Feliz por ti estou, ex-amigo.

Não mais derramo lágrimas por ter ido embora.
Pois nenhuma mágoa levei comigo.
Confesso que um tanto de inveja sinto agora.
Dessa alma que encontrou, ex-amigo.

Meu sentimento, então, se transformou numa jaula.
Assim como naquela música do "O Inimigo".
E ah! Para ser sofredor a gente dava aula.
Uma montanha de saudade senti, ex-amigo.

Feliz porém estou, em não mais me importar.
E a minha imagem eu sei que levou contigo.
Feliz porém estou, em não mais te gostar.
Feliz por ti estou, meu querido ex-amigo.